quinta-feira, 1 de outubro de 2009

"To dance beneath the diamond sky with one hand waving free."

Eu perdi o conforto que sentia na segurança da rotina.
Eu realmente gostaria de reaver este sentimento. Era cômodo. Era bom.
Foi o que eu senti há alguns dias durante uma conversa com uma garota.
Ela diz que ama o namorado, mas está apaixonada por outro.
Não é uma grande história. Não é nada não vivido antes.
O fato é que ela afirmou que gosta da segurança da rotina.
E na hora, tomado pela comodidade e tocado pela sinceridade dela,
senti falta deste sentimento.
Eu realmente gostaria de voltar a me sentir bem com isso, mas eu não consigo.
Sinto-me mais vivo em situações inesperadas.
A rotina me deixa estático. Como um corpo sem vida. Tira-me vinte e uma gramas.

Do que bons dias são feitos? Cinqüenta por cento sorte. Cinqüenta por cento atitude. Eu acho.
Ceder 1/3 do meu dia durante cinco dias úteis já é rotina demais para mim.
O problema é que dessa eu não consigo fugir. Não posso, por isso nem tento.
Normalmente ando olhando para o nada, com os fones preenchendo meus ouvidos,
por isso considero sorte suficiente quando consigo responder um "oi" que mais tarde virará uma conversa agradável.

A comodidade dos relacionamentos me incomoda.
A idéia de viver sempre com a mesma pessoa não me desce.
Essa possibilidade não me apetece.
Isso não é um sonho. Muito menos um plano.
As noites também estão perdendo seu valor.
Estão virando apenas uma massagem para o ego.
São sentimentos opostos, então um - pelo menos - deveria me satisfazer.

Gostaria de resumir minha existência em brilhos de olhares.
(É puro narcisismo querer me ver refletido neles?)
Sabe quando você consegue colocar aquele brilho nos olhos de alguém?
Gostaria de viver para isso.
Considero essa a melhor sensação.
É um altruísmo egoísta. E, como qualquer espécie de altruísmo,
também não passa de uma massagem para o ego.

Devaneios tão vazios quanto esta manhã de quinta.

"Let me forget about today until tomorrow."

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