quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Caminhando um pouco acelerado pelo centro da cidade
com meu player no bolso e fones de ouvidos brancos por debaixo da cabeleira,
quando sinto uma mão gelada segurando a minha, forçando-me a olhar para trás
me defronto com a figura de uma bela garota, moletom lilas e algumas coisas engraçadas no cabelo.
Me chamou com os olhos e lhe respondi com uma cara que expressava acima de tudo a dúvida.
Eis que ela move seus lábios(que eram belos por sinal), não compreendo as primeiras palavras devido ao som que estava ouvindo e quando tiro os fones escuto a seguinte frase
-Se tentássemos marcar não conseguiríamos nos encontrar tão cedo e num lugar com tanta gente!
Ainda sem reação e com a sua pequena e macia mão(que continuava geladinha) entre meus dedo, não consegui assimilar seu rosto com alguma conhecida que tinha nos olhos esse brilho raro, então fiquei em silêncio esperando ela falar alguma coisa para que fosse possível um melhor reconhecimento.
-Pela tua cara de sono ví que deve ter ficado até tarde lendo aquele livro, que me disse esses dias correto?
Pensando comigo, não conseguia relacionar nada a ela, e como ela sabia que eu adentrará a noite com um livro no colo. Sem pensar duas vezes resolvi abraçá-la fortemente, mas ela estava com um perfume tão doce que resolvi transformar aquele abraço num principio de beijo, como fui muito bem correspondido, trocamos um beijo em meio aos milhares de passantes. Em minha cabeça passava uma leve vontade de rir, e outra maior ainda de continuar beijando. Após um gostoso beijo ela diz
-Adoraria ficar, mas ambos temos que sair e realizar nossas tarefas de hoje, puxa, pelo menos me diz algumas coisa né? o sono é grande mas essa “beijotinha” possui um pouco de cafeína então wake up & talk!
Já rindo, resolvo envolve-la em meus braços, ao sentir seu pescoço se aproximando, não pude resitir em conferir qual o perfume daquela pessoa que tanto mechia minha imaginação.O perfume em nada adiantou para refrescar minhas memórias.
Ela seguiu seu caminho, e eu o meu...sem descobrir nome ou qualquer outra coisa dela, não procuro perder muito tempo pensando nela, mas acho que ela merece pelo menos uma dedicação


quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Naquela terça-feira pela manhã fazia muito frio, mas isso não tinha relação nenhuma com minha bagagem, nela eu carregava apenas roupas leves, meu destino seria um lugar quente, mais precisamente o estado da Bahia, no nordeste brasileiro.
Confesso que tinha o preconceito e a pré-idéia de que baianos vivem o mundo paralelo do slow-motion, seria interessante eu chegar lá e notar que as pessoas daquele lugar não fossem como eu esperava e que eu “queimasse a língua”, mas isso não aconteceu, já na descida ao pedir informações para um atendente, confirmei minha chegada no estado.Fiquei uns cinco minutos esperando o cara achar no mapa o gate pelo qual eu teria que fazer conexão para o interior da Bahia. Passado o primeiro obstáculo, indo em direção ao almoço, encontrei com meus colegas de curso no saguão do aeroporto. E a rede conexão presente fez com que eu almoçasse um baita lanche por uma bagatela de grana.
Com o almoço na barriga segui em direção ao portão de embarque onde pegaria o menor avião que já voei na minha vida, é muito legal voar em avio pequeno, ele balança muito, sem contar que voa há uma atitude baixíssima, abaixo das nuvens, é melhor para observar o belíssimo litoral baiano, esse percurso só reforçou minha idéia de comprar um veleiro e velejar pelos setes mares, quatro cantos e infinitas sereias que podemos atracar.
Chegando na cidade de Vitória da Conquista(que possui um aeroporto tão pequeno que já vi paradas de ônibus maiores) primeiramente fui largar minhas coisas no hotel, um hotelzinho bom, com wireless e camas limpas. Depois de instalado, fui conhecer o centro da cidade, um centro bem agitado. E claro seguindo meus padrões de turistas fui comer o que ele comem, um acarajé bem sequinho e apimentado com camarões gigantes.
O curso como qualquer outro foi feito com alguns improvisos visto que isso faz parte quando se trabalha com a interiorização da educação no Brasil. A seqüência de bebedeiras foi bem interessante: Primeira noite foram 9 long necks dividas entre quatro pessoas. Segunda noite uma visitinha ao supermercado e no total foram 24 big necks divididas entre três pessoas. Na terceira noite fomos conhecer um local indicado pelos habitantes da cidade. Estação Arte era o nome do local, tivemos a sorte de ir visitar justamente no dia em qeu mais lota, quinta-feira é o dia em que tem promoção da Bohemia a cada quatro Bohemia’s a quinta é por conta da casa no total ganhamos 3 brindes da casa, jantamos também uma moqueca de camarão deliciosa. No dia seguinte é juntar as coisas é seguir em direção a capital.
Na viagem para a capital, graças ao conforto do ônibus capotei na segunda hora de viagem, no dia seguinte, da rodoviária direto para o aeroporto. No aeroporto deixei minhas coisas com uma colega coloquei no bolso alguns trocados e fui em direção ao mar. Um pirata sente uma ligação forte com oceanos. É interessante como é revigorante pegar umas ondas e tomar uma água de coco na areia observando as belas paisagens e passantes baianas.Depois de renovar as energias, segui em direção ao aeroporto e pegar o avião de volta para casa, lá tive que reutilizar meus agasalhos visto que saí de uma temperatura de 32º para pegar meros 12º.E segui assim navegando...